sábado, 31 de janeiro de 2009

Aprendendo a contar os nossos dias

por Ariovaldo Ramos
Há alguns dias estive no aniversário de um grande amigo e ponderei sobre a sábia e enigmática frase de Moisés: "Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio." (Sl 90.12). Parece que esse conselho, do grande libertador, sempre nos vem à mente nessas ocasiões. Porém, apesar da beleza da fala do homem de Deus, permanece o desafio do tipo "decifra-me ou o devorarei": o que significa contar os dias da maneira proposta?
Não sei se alguém tem a resposta, mas eu gostaria de propor uma.
Jesus Cristo, certa feita, disse: - "E eu vos recomendo: das riquezas de origem iníqua fazei amigos." (Lc 16.9). Na ocasião, ele estava respondendo ao ataque de alguns fariseus, que estranhavam o fato de Jesus estar recebendo publicanos e pecadores. Por uma questão de justiça para com os fariseus é preciso que se diga que, em princípio, eles tinham razão: publicanos e pecadores não eram simples almas perdidas; eram membros do povo de Israel que traíram ao seu Deus e ao seu povo! Não tivessem os romanos privado os judeus de aplicarem a justiça, tais pessoas teriam sido apedrejadas. Para dar essa resposta, o Senhor lançou mão de quatro parábolas: a ovelha perdida, a dracma perdida, o filho perdido e o administrador infiel.
Na primeira, fala de um pastor que abandona, no campo, 99 ovelhas e vai atrás da que se perdeu. Uma loucura! Deixar seu aprisco à deriva de ladrões e animais selváticos e, mais, quando volta, vai festejar o achado. E as demais ovelhas? Uma loucura! Com essa parábola Jesus parece confirmar que ao receber publicanos e pecadores estava, aparentemente, fazendo uma loucura, mas Ele viera para isso mesmo: cometer uma ´loucura´ pela salvação dos homens.
Na segunda parábola Jesus explica o porquê da disposição à loucura, o valor do homem: embora para os fariseus o publicano e o pecador valor nenhum tivessem, Jesus os via de modo diferente. E como a senhora que, perdendo uma dracma, cerca de R$ 0,30, desarruma tudo concedendo a moeda um valor que de fato não possuía, assim, também, para Jesus o ser humano mais pecador é tão valioso que vale a pena desarrumar tudo para achar um, como fez a mulher que perdeu a dracma.
Na terceira parábola o Senhor, num primeiro momento, concorda com os fariseus, os publicanos e os pecadores são os filhos que, como o filho pródigo, por vontade própria, se apartaram do Pai amoroso. Porém os fariseus, representados pelo irmão mais velho, não conseguiram se sintonizar com o coração do Pai vez que, confiados em seus pretensos méritos próprios acabaram por desenvolver um senso de justiça própria, que os tornou incompassivos e judiciosos.
Por fim, por meio da parábola do administrador infiel Jesus acusa os fariseus de estarem mal administrando fortuna alheia, tanto a vida quanto o conhecimento lhes foi legado e este saber deveria ter-lhes desenvolvido o senso da impossibilidade, ou seja, a consciência de que, jamais, por si mesmos, conseguiriam viver segundo tão elevado padrão e que, o melhor que poderiam fazer era, a partir do que sabiam, diminuir a distância entre os pecadores e Deus pela compreensão, pelo amor, pela bondade, pelo ensino, fazendo amigos a partir de riqueza alheia, pois tanto a vida como a revelação pertencem a Deus. "Para que, quando aquelas (a vida e a sabedoria) vos faltarem, esses amigos vos recebam nos tabernáculos eternos." (Lc 16.9).
Ao recomendar aos mestres da lei que usassem a vida e o conhecimento para fazer amigos para a eternidade, o Senhor respondeu nossa pergunta: - Como viver de modo a alcançar coração sábio? E a resposta de Jesus é: - Vivendo para fazer amigos, pessoas de quem nos aproximamos para aproximá-las de Deus e, para dEle, por elas, sermos aproximados.
Por quê?
Porque como disse o psicólogo suiço Hans Burky:- "O Reino de Deus é um reino de amigos." Porque amigo é esteio nas horas difíceis: "Em todo tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão." (Pv 17.17). Porque amigo é fonte de amadurecimento: "Como o ferro com o ferro se afia, assim o homem, ao seu amigo." (Pv 27.17). Porque amigos são para sempre. Embora, na ressurreição, nem nos casaremos, nem nos daremos em casamento; sendo, porém, como os anjos no céu (Mt 22.30), teremos amigos: aqueles amigos que nos receberão nos tabernáculos eternos! (Lc 16.9).

The God Delusion

Por Donald Miller

Meu mais recente esforço de fé não é do tipo intelectual. Eu realmente não faço mais isso. Mais cedo ou mais tarde você simplesmente descobre que há alguns caras que não acreditam em Deus e podem provar que ele não existe e alguns outros caras que acreditam em Deus e podem provar que ele existe - e a esse ponto a discussão já deixou há muito de ser sobre Deus e passou a ser sobre quem é mais inteligente; honestamente, não estou interessado nisso.


_____________________Donald Miller é autor de Fé em Deus e pé na tábua, e Como os pinguins me ajudaram a entender Deus, ambos publicados pela Thomas Nelson Brasil

A parábola da bola

Os dez homens importantes sentados ao redor da bola discutiam acaloradamente:– A bola é grená, disse um.– Claro que não, a bola é bordô, retrucou outro em tom raivoso.Todos estavam fascinados pela beleza da bola e tentavam discernir a cor da bola. Cada um apresentava seu argumento tentando convencer os demais, acreditando que sabia qual era a cor da bola. A bola, no centro da sala, calada sob um raio de sol que entrava pela janela, enchia a sala de uma luminosidade agradável que deixava o ambiente ainda mais aconchegante, exceto para aqueles dez homens importantes, que se ocupavam em defender seus pontos de vista.– Você é cego?, ecoou pela sala gerando um silêncio que parecia ter sido combinado entre os outros nove homens importantes. Era até engraçado de observar a discussão – na verdade era trágico, mas parecia cômico. Todos os dez homens importantes usavam óculos escuros, cada um com uma lente diferente. Talvez por causa dos óculos pesados que usavam, um deles gritou “você é cego?”, pois pareciam mesmo cegos.Depois do susto, a discussão recomeçou. O sujeito que acreditava que a bola era cor de vinho debatia com o que enxergava a bola alaranjada, mas um não ouvia o que o outro dizia, pois cada um usava o tempo em que o outro estava falando para pensar em novos argumentos para justificar sua verdade. Aos poucos, a discussão deixou de ser a respeito da cor da bola, e passou a ser uma troca de opiniões e afirmações contundentes a respeito das supostas cores da bola. A partir de um determinado momento que ninguém saberia dizer ao certo quando, os dez homens tiraram os olhos da bola e passaram a refutar uns ao outros. Em vez de sugestões do tipo: – A bola é vermelha, todos se precipitavam em listar razões porque a bola não era grená, nem cor de vinho, nem mesmo alaranjada.De repente, alguém gritou: – Ei pessoal, onde está a bola? Todos pararam de falar – estavam todos falando ao mesmo tempo, e foi então que perceberam um alarido parecido com aquelas gargalhadas gostosas que as crianças dão quando sentem cócegas. Correram para a janela e viram uma criançada brincando com a bola, que parecia feliz sendo jogada de mão em mão. Ficaram enfurecidos com tamanho desrespeito com a bola. Ficaram também muito contrariados com a bola, que parecia tão feliz, mas não tiveram coragem de admitir, afinal, a bola, era a bola.Lá fora, sem dar a mínima para os dez homens importantes, estavam as crianças brincando e se divertindo a valer com a bola que os dez homens importantes pensavam que era deles. E nenhuma das crianças sabia qual era a cor da bola.
publicado por Ed René Kivitz

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Qual é a verdadeira RELIGIÃO!!

Leonardo Boff explica:
'No intervalo de uma mesa-redonda sobre religião e paz entre os povos,
na qual ambos participávamos, eu, maliciosamente, mas também
com interesse teológico, lhe perguntei em meu inglês capenga:

- 'Santidade, qual é a melhor religião?‘

Esperava que ele dissesse:
'É o budismo tibetano' ou ‘
São as religiões orientais, muito mais
do que o cristianismo.'

O Dalai Lama fez uma pequena
pausa, deu um sorriso, me olhou
bem nos olhos - o que me
desconcertou um pouco,
por que eu sabia da malícia
contida na pergunta - e afirmou:

'A melhor religião é a que mais
te aproxima de Deus.
É aquela que te faz melhor.'

Para sair da perplexidade diante
de tão sábia resposta, voltei a perguntar:
- 'O que me faz melhor?'

Respondeu ele:
'Aquilo que te faz mais compassivo
(e aí senti a ressonância tibetana, budista,
taoísta de sua resposta),

aquilo que te faz mais sensível,
mais desapegado, mais amoroso,
mais humanitário, mais responsável...

A religião que conseguir fazer isso de ti
é a melhor religião...'
(dialógo estraido do teólogo Boff e Dalai Lama)

Talvez você me pergunte, ainda não entendi qual é a verdadeira religião? E eu te respondo:
- " A religião que Deus nosso Pai, aceita como pura e imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e não se deixar corromper pelo mundo [NVI]"(Tg 1.27).
Sabemos que Jesus Cristo não veio instituir uma religião, porém os exemplos que Ele nos deixou faz de nós cristãos! E hoje muitas pessoas querem o nosso Cristo, mas não querem o nosso cristianismo, pois muitos cristãos valorizam mais as intituições religiosas costruidas por homens e mulheres cheios de pré-conceitos e conceitos do que os exemplos de Cristo.
Talvez você deva estar perguntando não devo ir mais a minha religião ou a minha igreja? Eu te respondo aonde Cristo está ali você deve estar também!
"Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles."(Mt.18-20)


Autor: Israel Alcantara da ROcha

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

O TESOURO DE UM NOVO ANO!!!

"... O deus deste século cegou o endentimento dos descrentes para que não vejam a luz do Evangelho de Cristo, que é a Imagem de Deus...
...Mas temos estes tesouros em vasos de barro, para mostrar que este poder que a tudo excede provém de Deus, e não de nós. De todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos mas não destruídos. Trazemos em nosso corpo o morrer de Jesus, para que a vida de Jesus seja revelada em nosso corpo.." (2Co 4.1-18).
Como você está finalizando este ano?
Tavez abatido? Cansado? Triste? Frustrado? Todas essas coisas gera um desanimo dentro em nós.
E como estão suas expectativas para o ano vindouro? Existem propósitos? Sonhos? Planos? Projetos? São tantas expectativas acumuladas com cansaços e isso traz medo, ansiendade nos fazendo esquecer o que diz a Palavra do Senhor que está em 1 Pedro 5:7, "lancem sobre Ele toda a sua ansiedade porque Ele tem cuidado de vocês".
Vivemos cercados por pessoas que não tem o entendimento e não conseguem ver, ouvir e sentir o amor de Deus que esta em Cristo Jesus.
Muitas vezes desejamos uns aos outros paz, prosperidade, saúde e muita felicidade, porém muitos de nós não conseguimos realmente entender de que forma podemos conquistar essas bençãos em nosso novo ano. Muitos querem paz e a buscam no dinheiro, na guerra, em seus bens e em suas próprias forças; outros querem prosperidade e se esquecem que prosperidade não é sinônimo de riqueza e bens materiais, creio que existem pessoas com poucos recursos financeiros que moram em palácios de uma vida em Cristo, como também creio que existem pessoas com grandes recursos que moram em favelas da existência, sem Cristo.
Aprendi com um pastor já muito experiente que "prosperidade é a ausência de necessidades". Pessoas querem saúde e acham que podem conquistá-la com suas riquezas e suas posses, outros buscam a felicidade em muitas coisas porém não sabem que a felicidade não é um fim em sí mesma é apenas um meio para completarmos nossos própositos.
Contudo, há um tesouro que se chama Espírito Santo dentro de vasos de barro que somos nós, os cristão verdadeiros. Mas infelizmente muitos não conseguem exergar e sentir verdadeiramente este tesouro, pois apenas conseguem ver o exterior, o barro, e não o que está dentro do vaso. É assim que estes vasos que somos nós, sofremos por todos os lados, porque as pessoas, as circunstâncias da vida, o inimigo das nossas almas não conseguem perceber o que está dentro em nós, este valioso tesouro. Passamos a mesmas dificuldades, mas não estamos sozinhos, temos um tesouro que nos dá paz que excede todo entendimento, temos a verdadeira prosperidade (um Deus que vale mais que todo ouro e prata, que em riqueza nos suprirá em todas as nossas necessidades), temos toda a cura (pois pelas feridas de Jesus somos sarados), e somos felizes (a alegria do Senhor é a nossa força e Ele tem óleo de alegria).
E assim conseguimos entender que possuimos metas e objetivos para um propósito especifíco. Para que a vida de Jesus seja revelada em nós de dentro para fora, por isso temos que ser como um vaso, "transbordar a graça de Deus, somos feitos para a glória de Deus, para a manifestação da glória de Deus"(vs.15).
"Assim fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê e transitório, mas o que não se vê é eterno"(vs 18).
Que possamos ter sempre um ano novo, uma vida nova, sempre lembrando que existe um tesouro dentro de nós, o Espírito Santo! FELIZ ANO NOVO!!!
Este texto foi extraido da pregação de minha esposa querida Tays Rocha.