terça-feira, 28 de julho de 2009

Judas Colaborador ou Traidor?




"Porque o amor do dinheiro é a raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a sí mesmos se atormentaram com muitas dores." (ITm 6.10)



Não gosto muito de assistir a rede televisiva “globo”, mas ultimamente junto com minha esposa não perdi uma programação chamada “Jogo Duro” apresentado pelo ator Paulinho Vilhena. Um reality show muito intrigante onde os participantes adentram em ambientes horríveis com muita sujeira, pragas, insetos, répteis e obstáculos.
As pessoas selecionadas a participarem do programa, enfrentam de tudo para ganhar um dinheirinho bom para tentar melhorar suas vidas. Mas o que realmente chamou minha atenção não foram as pessoas comuns, não foi o cenário, não foram os ratos, as serpentes e sim duas coisas distintas que quase todos os participantes tinham se não dizer bem que todos tinham “ambição (anseio forte de alcançar determinado objetivo, desapego e pretenção) e cobiça (forte desejo de possuir, conseguir bens, desejar imoderadamente)”.
Estas duas palavras são capazes de mudar totalmente a vida de uma pessoa assim como foi com Judas Escariodes. Judas foi um dos doze discípulos de Cristo que participou com ele durante os aproximadamente três anos de ministério, o mesmo ficava responsável por toda a arrecadação, uma espécie de tesoureiro do mestre de Nazaré. O mesmo sempre ficava preocupado com as finanças adquiridas ao longo do ministério do Rei Jesus.
Mas o que fez Judas trair o mestre? Justamente estas duas palavras, ambição, pois esperava um Rei rico, com um exercito admirável e uma corte real a seu dispor, assim como o rei Davi ou Salomão. Mas todo dinheiro, comida e posses que Cristo adquiria tudo era repartido. A cobiça, pois o mesmo sendo judeu respeitava as decisões do Sinédrio, e pensou que entregando Jesus por algumas moedas talvez recebesse honras e por que não passaria a ser o tesoureiro dos famosos doutores da Lei. Contudo não conseguiu ser, nem galgar nenhuma posição dentro da famosa cúpula, surgindo então o remorso e a culpa.
Em minha concepção Judas não foi um traidor e sim um colaborador do plano salvifíco de Deus, mas sua morte não foi a decisão, nem castigo de Deus e sim a escolha de um homem frustrado por não conseguir ser mais do que era! Isso acontece quando queremos abraçar o mundo inteiro perdemos a alma.
Qualquer um dos doze poderia ter traído o mestre, mas o diabo achou uma fraqueza em Judas que foi sua cobiça e o seu coração inclinado as riquezas e ao sucesso, Jesus sabia disto conhecia o seu coração e suas intenções ao pré-disser quem o trairia.
Todos nós temos algum tipo de ambição, e na medida certa ela se torna saudável quanto ao crescimento mútuo, mas a cobiça é diabólica, pois para se dar bem na vida ela conduz a pessoa a passar por cima do próximo/a, pensando somente no próprio bem estar (egoísmo). Que possamos nunca ter em nossos corações a cobiça que nos leva a morte, mas sim a ambição que colabore com o Reino de Deus.

Autor: Israel Alcantara da ROcha

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